quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Tudo um dia vira pó

Ta já findando esse amor
É já mal querer
É afronta até pra alma gostar um pouquinho de você
Quando a gente era pequeno, a gente brincava
A gente corria
A gente pulava
Na meninice a gente era feliz
E como tem que ser, o tempo nos acompanhou
De dia era menina que ficava a cantar e de noite a mulher que ficava a lamentar
Lamentando amor que não vingou, menino-homem que partiu e não mais voltou
A espera foi muita, uma hora cansaço chegou
E pra não ficar amarga, joguei fora essa dor
A dor tomou seu rumo e por essas bandas nunca mais tocou
Fui bordando a vida, do jeitinho que Deus ensinou
Precisei de retalhos, de bicos e lembranças
Precisei esquecer muita coisa, menos o amor
A idade já chega, sinal que o tempo passou
Hoje, olhando pra lua, uma lágrima desabrochou
Lembrei de você criança, único momento que me restou
Não preciso mais te encontrar, passei pela vida só
Já entro na terra e tudo que sinto vira pó.

domingo, 11 de janeiro de 2009

Antes de tudo, creia

Rezo uma prece apressada, lembrando um amor que se faz presente, mas já é passado.
A oração eu faço com recortes de fotos, pedaços de músicas e lembranças de sorrisos.
Convenço uma criança que é ser sem pecado, que reze ao menos uma santa Maria por mim.
A prece chega aos céus, comovo anjos e querubins.
Tocam harpas melancólicas, expõem minhas lágrimas e cantarolam em sua língua o que mais dói em mim.
Deus se comove, mas ainda não age porque nem se quer acredito que seus ouvidos estão a todo instante inclinados a mim.